Previsão 1:
A primeira previsão é sobre a política nuclear do Irã. O gráfico mostra uma extrapolação usando o modelo matemático. A linha branca é a previsão sem pressões externas, deixando o Irã decidir "naturalmente", a linha amarela leva em conta as tensões internacionais. A legenda abaixo mostra uma qualificação para cada nível da escala numérica: 150 é o nível associado a construir a bomba; 130 construir WGF's suficientes para pensar em produzir armas nucleares (Não sei muito bem como traduzir isso); 115 produzir somente o suficiente WGF para pesquisa; e por fim 100 em que só se produz Energia nuclear, sem uso militar.
A previsão é que em 2 anos o Irã abandone a área de risco associado a construção de uma bomba, se estabilizado em um equilíbrio de pesquisa energética.
Previsão 2: Distribuição de poder, e apoio a medidas relacionadas a energia nuclear.
O primeiro grupo de barras é o apoio ao uso de energia nuclear; o segundo, uso WGF para pesquisa. Essas duas "forças" combinadas mostram a força política para o uso energético da tecnologia nuclear. Os três últimos grupos (Suficiente para construção da bomba, Construção da Bomba e favoráveis a realização de testes das bombas) mostram a queda no poder político das idéias de uso militar.
Previsão 3 :
Por último, são feitas previsões sobre os Vencedores e Perdedores.
Esse gráfico mostra o poder, não sei em que unidade.
A linha com a seta são os banqueiros, a linha amarela em declínio é o atual presidente, a roxa é o grupo de Ayatollahs moderados. As duas outras curvas são outras figuras políticas importantes, que aparentemente perdem apoio político, mas depois voltam a ter poder político.
7 comentários:
Seria legal se esse blog falasse de economia.
Da descrição do blog:
" Esse blog tem o objetivo de debater principalmente, mas não exclusivamente, economia."
Mexicano,
Queria saber como os caras fazem essas previsões, seria bom dar uma olhada no modelo dos caras. Você bem que poderia colocar o link da palestra no TED.
Eu tendo a não confiar muito nesses modelos. Acho que as ferramentes de economia geralmente são boas para fazer previsões sobre a média de um determinado grupo de pessoas, mas individualmente sabemos pouco. Muito embora a teoria dos jogos se aplique razoavelmente bem a um indivíduo.
Além do mais, há um problema de superexogeneidade. Governando o Irã há seres que pensam (comparados a átomos) e que podem muito bem reagir as previsões da CIA e mudar o seu comportamento, invalidando suas previsões.
É....assistindo a palestra, percebe-se que a previsão vem de uma simulação feita a partir de uma aplicação de teoria dos jogos, área dentro de microeconomia (só para quem não entendeu o conteúdo econômico)...
Eu vi a palestra que está no link (o mexicano já botou o link, caruso), a descrição do modelo do cara (bruce bueno de mesquita) é (mais ou menos, pelo que eu peguei): existem vários players agindo na política, cada um alguma motivação (quer muito construir uma bomba atômica, quer pouco, não quer, etc.) e com algum poder político para influenciar a decisão. A construção da bomba vem da interação entre os vários players. Além disso, os players têm como objetivo: (i) fazer ser cumprida a motivação já citada e (ii) ganhar crédito pela política implementada (construir a bomba). Ele faz a simulação com dados de ~80 políticos iranianos e internacionais agindo a favor/contra a construção da bomba.
Daí as minhas dúvidas: ele faz uma previsão de que, se não houvesse pressão política americana, os "humores" para a construção da bomba atômica no Irã "cairiam" mais rápido (previsão 1). Até que ponto isso não está ocorrendo na previsão dele em decorrência da motivação de ganhar crédito dos políticos iranianos? Será que essa motivação é relevante em um país com mídia controlada (ou seja, em um país em que se pode manipular a informação para dizer quem tem crédito ou não sobre a bomba ter sido construída)? Por fim, até que ponto isso não pode ter ocorrido pelo uso de opiniões de especialistas/pela pesquisa do cara? Afinal, ele usou pesquisas com especialistas para imputar o peso que cada político/burocrata dá a ganhar crédito/fazer a bomba (pelo que eu entendi).
Sou mesmo um beócio, nem tinha aberto o link do mexicano.
Michel,
pelo que eu entendi a previsão de que "se não houvesse pressão política americana, os "humores" para a construção da bomba atômica no Irã "cairiam" mais rápido" vem do fato de que o presidente não estaria tão constrangido de reduzir a capacidade do programa nuclear por medo de parecer derrotado. Além do mais acho que você está subestimando a imprensa interna iraniana. Eles podem ser completamente tendenciosos em relação ao resto do mundo, Israel e a história, mas funcionam razoavelmente bem quanto às questão internas e atribuições de crédito.
Achei bem legal que o apresentador fez para o palestrante exatamente a pergunta que eu tinha sugerido, sobre superexogeneidade. e ele respondeu que não se preocupava com isso pois ele acredita que o vazamento das previsões só iria acelerá-las. Não estou tão certo disso, mas a resposta foi interessante.
alguém sabe dizer qual a % do arsenal atômico dos EUA que foi destruído/inutilizado após o fim da Guerra Fria? Me lembro vagamente de dois fatos importantes: primeiro, que os EUA tinha se compromissado a se desfazer de todo esse arsenal (afinal, qual o sentido de cobrar que outros países abandonem projetos nucleares sem obrigar um desequilíbrio de forças); segundo, que apesar desse compromisso, isso não estava acontecendo.
Caruso, com relação a mídia iraniana, tudo tem censura do Estado. São órgãos privados, mas tem sempre algum supervisor do estado lá vendo se tem alguma coisa contra a religião sendo dita, ou alguma coisa contra interesses nacionais.
http://en.wikipedia.org/wiki/Iranian_media
Um dos principais jornais iranianos:
http://en.wikipedia.org/wiki/Kayhan
Também entre os principais jornais, sendo que esse, em inglês:
http://en.wikipedia.org/wiki/Tehran_Times
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