Muita gente tenta entender em que sentidos PUC-RJ e EPGE são diferentes. Há muitas dimensões de comparação; vou me ater a uma delas: as dissertações de mestrado.
A tabela abaixo ilustra a produção de 2007 e 2008, e é uma tabulação própria a partir de dados públicos disponíveis nos websites das universidades:
O número de dissertações é bastante próximo, ilustrando a combinação de dois fenômenos: se na EPGE entram mais candidatos, também é o caso que mais gente migra direto para o Doutorado na casa (na PUC isso é na verdade um evento raro).
As classificações são mais informativas, os critérios foram tão objetivos quanto possíveis. Talvez valha um comentário apenas sobre o que foi classificado como Economia Matemática: qualquer dissertação que tivesse ênfase na caracterização completa de modelos - incluindo demonstrações de existência, unicidade, etc. Grande parte dos artigos nesta categoria é de desenho de mecanismo, um ou dois são de leilões e alguns poucos de condições não-Ponzi em Finanças.
Com relação a Teórica e Aplicada, foram consideradas teóricas as dissertações que dedicassem mais da metade dos capítulos à construção e extensões de modelo original, seguidas ou não de aplicação empírica.
A tabela mostra que a PUC apresenta um equilíbrio entre dissertações em Micro e em Macroeconomia, apesar das críticas recorrentes à ausência de professores dessa área no departamento (muitas orientações em Macro são realizados por professores ligados ao depto., como Ilan Goldfajn e Affonso Bevilacqua), e uma proporção expressiva em Finanças, mas pouquíssima produção em Economia Matemática e Econometria. Em contraste, a EPGE apresenta maior proporçao das dissertações direcionada à Microeconomia, e expressiva produção em Economia Matemática (em proporção equivalente ao que a PUC produz em Finanças).
Essas diferenças são ainda mais ressaltadas pela decomposição entre teórica e aplicada; se na PUC há uma enorme desproporção, com mais de 85% das dissertações aplicadas, na EPGE há relativo equilíbrio.
Alguns trabalhos publicados analisam outras dimensões de comparação e incluem outras universidades; links aqui e aqui
A tabela abaixo ilustra a produção de 2007 e 2008, e é uma tabulação própria a partir de dados públicos disponíveis nos websites das universidades:
O número de dissertações é bastante próximo, ilustrando a combinação de dois fenômenos: se na EPGE entram mais candidatos, também é o caso que mais gente migra direto para o Doutorado na casa (na PUC isso é na verdade um evento raro).
As classificações são mais informativas, os critérios foram tão objetivos quanto possíveis. Talvez valha um comentário apenas sobre o que foi classificado como Economia Matemática: qualquer dissertação que tivesse ênfase na caracterização completa de modelos - incluindo demonstrações de existência, unicidade, etc. Grande parte dos artigos nesta categoria é de desenho de mecanismo, um ou dois são de leilões e alguns poucos de condições não-Ponzi em Finanças.
Com relação a Teórica e Aplicada, foram consideradas teóricas as dissertações que dedicassem mais da metade dos capítulos à construção e extensões de modelo original, seguidas ou não de aplicação empírica.
A tabela mostra que a PUC apresenta um equilíbrio entre dissertações em Micro e em Macroeconomia, apesar das críticas recorrentes à ausência de professores dessa área no departamento (muitas orientações em Macro são realizados por professores ligados ao depto., como Ilan Goldfajn e Affonso Bevilacqua), e uma proporção expressiva em Finanças, mas pouquíssima produção em Economia Matemática e Econometria. Em contraste, a EPGE apresenta maior proporçao das dissertações direcionada à Microeconomia, e expressiva produção em Economia Matemática (em proporção equivalente ao que a PUC produz em Finanças).
Essas diferenças são ainda mais ressaltadas pela decomposição entre teórica e aplicada; se na PUC há uma enorme desproporção, com mais de 85% das dissertações aplicadas, na EPGE há relativo equilíbrio.
Alguns trabalhos publicados analisam outras dimensões de comparação e incluem outras universidades; links aqui e aqui
13 comentários:
Guilherme, coloquei o link daqui lá na comunidade da ANPEC, naquela conversação PUC-RJ X EPGE.
[ ]s
Enoch
Lichand,
boa forma de expressar a diferença. Aliás acho que essa é a melhor caracterização da relação PUC-EPGE: diferentes.
Muito informativo. Será que posso perguntar qual será o tema geral de vocês nas dissertações (se é que já definiram)?
A minha vai ser sobre garantia de contratos e empreendedorismo... estou trabalhando num modelo em que a atuação das cortes judiciais condiciona a estrutura ocupacional da economia e, pois, sua produtividade e taxa de crescimento de longo-prazo.
a minha vai ser empírica. Provalvemente irei verificar se custo de agência impacta a distribuiçao de dividendos no Brasil.
Olá pessoal.
Vou fazer ANPEC esse ano e ouvi falar que o pessoal que passa na PUC e na EPGE costuma fazer um curso de matemática no IMPA. Alguém saberia me informar sobre o curso? Valeu a pena? É possível fazê-lo nas férias de meio de ano?
abraços. Ótimo blog.
Carlitos:
Minha tese é relacionada a sustentabilidade da dívida pública.
Zamba:
Sobre o curso do IMPA: Depende do seu interesse de pesquisa.
No site do IMPA estão todas as informações sobre os cursos.
O Tiago pode dizer mais sobre a decisão de fazer um curso no IMPA.
http://www.impa.br/
Eu sou mais um que fará ANPEC este ano. Neste 1º semestre estou fazendo o catch up em matemática, em vez de efetivamente estudar para as provas. Assim, a expectativa é de sofrer um pouco menos quando eu entrar, independente do centro!
Pessoal do Espectro, vocês estão no segundo ano do mestrado, não é?
Já tem ideia do que querem fazer depois? Partir pra um doutorado, para a docência ou para o mercado? Se forem para o mercado, em que área gostariam de atuar?
[]s
Enoch
Vou para o mercado, se ele ainda existir. rs...
Boa sorte, porque está mais difícil (cadê aquele colega seu que dizia que ser empregado público era mau negócio?).
BANCO: MERRILL FECHA ÁREA DE INVESTIMENTO E DEMITE NO BRASIL
O banco americano Merrill Lynch fechou ontem com sua área de "private equity" (investimento em empresas de capital fechado) no Brasil, segundo fontes de mercado. Os funcionários foram demitidos. Procurado, o Merrill Lynch não concedeu entrevista. Apesar de responder pela área de "private equity" na América Latina, a área no Brasil ficou esvaziada, após a compra do Merrill Lynch pelo Bank of America, em setembro. A estratégia do novo controlador é focar em mercados maduros. O banco manterá suas operações de banco de investimentos, corretora e pesquisa no Brasil.
Uau, o merrill lynch fechou a área de private equity. Poxa, acho que agora vou ter que virar funcionáro público mesmo.
Obrigado pela atenção, pessoal.
Fala pessoal...
sou mais um que esta pesquisando sobre Mestrado.Meu foco esta entre FGV e PUC.A minha principal duvida é com relação a essa passagem de Mestrado para Mercado(em finanaças para ser mais preciso).Como funciona?Há alguma diferença nesse sentido entres essas duas casas?
Obrigado desde já!
Abraço a todos
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