Hoje nos jornais, foi publicada a segunda notícia do governo Lula merecedora de elogios em menos de um mês: o projeto contra a burocracia pública.
O primeira notícia havia sido o reajuste da tabela do imposto de renda. Dado que o governo quer fazer uma política fiscal expansionista (o que é questionável), cortar impostos é a melhor forma de fazê-la. Não comentei essa notícia antes em parte porque não achei o reajuste do IR o melhor corte possível ( seria melhor um corte que atingisse diretamente a população mais pobre), em parte por covardia. Achei que era cedo de mais para elogiar o governo.
Entretanto, o novo projeto fez com que saísse do meu silêncio. O pacote contra a burocracia tem algumas boas notícias. Um deles é passar para o Estado a responsabilidade de procurar em seus bancos de dados informações acerca dos cidadãos. Isso tende a reduzir a condição kafkaniana de algumas instituições públicas.
Outro ponto positivo é o programa que incentiva os funcionários públicos a descobrir como reduzir custos opercionais. Confesso que apenas o li supercialmente, mas não parece estar em desacordo básico com a idéia de incentivos. Além do mais, qualquer aumento de produtividade no funcionalismo público é mais que bem-vindo, é necessário.
Contudo, a medida mais promissora é o fim da exigência do reconhecimento de firma pelos órgâos públicos. Reconheço que isso já é feito em São Paulo e que essa lei já foi sancionada antes. Não obstante se essa lei for cumprida será um excelente avanço no aparelho estatal, bem como um enfraquecimento dos cartórios, como bem colocou Raymundo Faoro, herdeiros dos Donos do Poder.
Há 3 anos
15 comentários:
Temos no Brasil uma situação sui generis: o Estado se mete em um monte de coisa que deveria ser operada pela iniciativa privada (bancos comerciais, por exemplo) e deixa para amigos do rei (cartórios) o exercício de função que compete ao setor público, até mesmo sob a vigência de um Estado Mínimo.
Infelizmente, para toda coisa boa há uma contrapartida....
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u494837.shtml
Abs
hehehe, tirei a maior nota na prova discursiva do IPEA
Parabens, o que você quer? Um biscoito?
O Anônimo acima é um mentiroso. A maior nota foi minha!
E sim! Eu quero meu biscoito!
Ainda que o economista norte-americano Paul Krugman estivesse respondendo aos ataques claramente infundados de uma ululante ala conservadora nos EUA, acredito que os argumentos desmistificadores por ele apresentados sirvam para contestar, de maneira efetiva, grande parte dos argumentos, frequentemente, apresentados pelos autores desse blog. Confiram; se interessar, claro: http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3475275-EI6579,00-Economia+da+ma+fe.html
Guardadas as proporções e diferenças de atuação do governo Lula e o de Obama, acredito que, na essência, muitos dos ataques às denominadas políticas heterodoxas possuem as mesmas incoerências, seja nos EUA, na Europa, no Brasil ou nesse blog.
PS: Caruso, só um biscoito??? rsrs, devo que admitir que essa foi merecida!
Abraço!
Prezado último anônimo,
li o texto pois o Krugman é um dos meus colunistas favoritos, alguns pontos.
1) Mau-caratismo é algo bem distribuído por todos os ângulos da dimensão humana. Há gente de direita que maquia contas, como há de esquerda. Isso acontece na economia como acontece na física ou em qualquer meio.
2) A principal crítica aos heterodoxos brasileiros (meu Deus essa discussão de novo) é a relutância de alguns em submeter suas teorias à análise dos dados. Assim não se faz ciência, se faz retórica.
3) Problemas diferentes, remédios diferentes. Os EUA, assim como o Brasil estão em recessão. Só que eles estão com deflação. Nós ainda não. Nada mais justo para eles do que um política fiscal expansionista. Nesse sentido o plano do Obama não tem nada de heterodoxo e está condizente com as metas de inflação.
4) Dado que você quer fazer política fiscal expansionista, socorrer devedores imobiliários é uma forma ruim de fazê-lo, assim como criar empregos indiretos. Pior ainda é dar 200bi dos contribuintes nas mãos do BNDES para socorrer empresas. Muito melhor é política do Japão que resolveu dar dinheiro para as pessoas.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u494840.shtml
abs.
num tem uma geléia para passar no biscoito?
anônimo disse:
"infelizmente, para toda coisa boa há uma contrapartida....
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u49"
Foi por isso que eu não publiquei um elogio logo, estava esperando para ver. Me dei mal.
Texto ridículo do krugman. Começando pelo final, onde ele sugere que uma vez que o Obama venceu ele pode simplesmente ignorar a oposição (cheiro de Lula aqui).
Nanhum dos pontos que ele levantou tem uma resposta evidente, seja afirmativa ou negativa. Mas Ele, o Deus Krugman, acima de todos nós mortais, além de SABER as respstas, ainda acusa os opositores de estarem agindo de má-fé...
Parabens, o que você quer? Um biscoito?
sim, quero um biscoito da sorte chines com a frase:
"A especulação financeira vislumbra como luz no fim do túnel o brilho do tesouro nacional"
uhuuuuuuuuuuu!!!!!!!
http://gregmankiw.blogspot.com/2009/01/krugman-on-equilibrium-macro.html
Aula de bom senso para o krugman (que eu não canso de repetir, é um grande mau-caráter).
"nfelizmente, para toda coisa boa há uma contrapartida....
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u494837.shtml"
AHA, hoje o governo suspendeu a medida!
Ainda por cima, cortou o orçamento e ampliou o bolsa família. Nada como um dia depois do outro.
Nossa... como o governo é legal!
Anônimo 2
Silogismos: Governo e eu.
Crítico quando erra.
Elogio quando acerta.
Critico mais do que elogio, mas torço para que isso mude.
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