quinta-feira, 21 de maio de 2009

MACROLUNCH Dionísio Dias Carneiro - highlights

Semanalmente os alunos de pós-graduação em Economia da PUC-Rio reúnem-se para discutir a crise, desde março de 2008. Se no ano passado nos concentramos em debater suas origens e em colocar a crise sob perspectiva histórica, neste ano nos voltamos para as opções de política para retomar a trajetória de crescimento da economia.

Hoje recebemos o economista Dionísio Dias Carneiro, sócio-diretor da Galanto Consultoria e diretor do Instituto de Estudos de Política Econômica da Casa das Garças, falando sobre como a crise atingiu o Brasil e opções de política fiscal, monetária e cambial no contexto da crise. Seguem o que foram, para mim, os principais pontos da exposição:

* ORIGENS:

- o Brasil e, de modo geral, as economias emergentes, foram primeiro afetadas pelo canal do crédito ao comércio exterior, uma novidade, dado que essa natureza de crédito é a mais antiga do sistema financeiro internacional e, nas crises anteriores, mostrou-se bastante resiliente mesmo em cenários de grande diminuição da confiança. Por exemplo, na crise de 2002, somente nos meses finais de instabilidade esse crédito sofreu contração;

- desde a entrada efetiva da China no comércio internacional, houve um incremento substancial da integração da produção industrial em escala mundial, de modo que o a restrição de crédito para o comércio exterior atinge hoje muito mais duramente as empresas, que resultam impossibilitadas de importar insumos fundamentais;

- diante disso, a ausência de crédito limita não apenas a demanda, mas também a oferta, contraindo o produto potencial, e limitando o efeito de políticas expansionistas. O problema efetivo para reorganizar a oferta, bastante difícil de ser equacionado por qualquer governo, é de coordenação: incentivos demais podem gerar desemprego, incentivos de menos, inflação.

* POLÍTICA FISCAL

- diferenças entre renúncia fiscal, gastos dirigidos e aumento da proteção social em promover a recuperação da economia, com base na capacidade de cada uma de alterar incentivos intertemporais, num contexto ricardiano e de aliviar a restrição de liquidez, num contexto cloweriano;

- pragmatismo libertário nos EUA: motivado por fundamentos de real-business cycle acrescidos de vieses cognitivos;

* POLÍTICA CAMBIAL

- tendência a desvalorização do dólar por 1 ou 2 anos, no sentido de gerar divisas para correção dos desequilíbrios na Conta Capital;

- tendência de reversão da primeira tendência uma vez que esses desequilíbrios tenham sido equacionados, uma vez que não há no curto ou médio-prazos moedas em condição de substitui-lo como moeda de reserva internacional;

- principal política cambial do Brasil deve ser acumular reservas, em grande quantidade, e apenas evitar variações abruptas do câmbio real e grandes desvios em relação à taxa bilateral histórica de aprox. 2,20 em relação ao US dólar.

3 comentários:

Anônimo disse...

po, a monica é tao mais...bonitinha

brincadeira, o dionisio sabe muito e deve ter sido bem proveitoso

gr abraço,

Doutrinador

Anônimo disse...

Pessoal, pelo visto, 1 ou 2 recém-aceitos pela FGV-RJ dançaram, ou seja, não duraram nem 3 meses... Isso costuma acontecer na PUC?

Guilherme Lichand disse...

não