Assim como jornais e revistas (discutido aqui), os canais de TV aberta americanos estão com dificuldade de manter as receitas. Veja mudanças de horário no prime time e cancelamento de séries com alto custo de produção. No Brasil os jornais e revistas parecem estãao indo bem, obrigado, mas o mesmo não poderia ser dito sobre a TV. Ou pelo menos sobre a Globo e o SBT (ou seja, sobre os canais que não contam com fonte de renda divina).
Hoje eu vi um sintoma claro da dificuldade. Alguém no twitter alertou para o programa "Domingo Legal" de hoje, que teve como uma das atrações O Maior Trapézio de Curitiba. Esse sujeito é uma das celebridades do Youtube brasileiro. A participação dele no programa foi num quadro onde várias sub-celebridades participam de uma brincadeira concorrendo a um microsystem. Entre as provas, merchandising e bandas de pagode tocando.
Agora vejam a situação. A pauta do programa saiu da internet. A receita do intervalo comercial não são suficientes, o que traz o merchandising. Mas nem isso é suficente, porque a participação dos pagodeiros (foram 3 ou 4 bandas em 30 minutos) só pode ser explicada pelo pagamento de Jabá pelas gravadoras.
Projetando esse quadro para o futuro: o maior acesso a internet vai tornar desinteressante pautas requentadas como essa, a receita de propagandas vai continuar diminuindo (se seguirmos a tendência mundial), e o dinheiro nas gravadoras anda cada vez mais curto (discutido aqui).
Há 3 anos
Um comentário:
No mais, pelo exposto no post, também podemos chegar a uma conclusão desagradável sobre a qualidade da TV aberta brasileira.
abraços, Zamba
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