Foi publicado esse semana o edital do concurso que contratará pesquisadores para o Ipea. Além de abrir vagas para auxilares, o Instituto contratará 62 novos pesquisadores, o maior concurso de sua história, cada um ganhando quase R$ 11.000. A priori a notícia é boa. Concursos públicos idôneos dão uma um verniz de seriedade às instituições. No entanto um mero olhar no edital mostra a diferença da gestão do atual presidente, Marcio Pochaman, para a de seus predecessores.
Para quem quiser conferir envio abaixo o link do edital deste concurso e do edital de 2004, mas adianto desde já o que se verá. Em estatística não é mais necessário saber máxima verossimilhança, cointegração, VAR, ou qualquer coisa relacionada à econometria que não seja regressão simples. Em micro saíram equilíbrio perfeito em subjogos, selação adversa e moral hazard e equilíbrio geral. Também não é mais preciso saber em macro modelo de Solow, equivalência ricardiana ou Mundell-Feming. Esses são só algumas notórias ausências.
No lugar desses assuntos relevantes para economia o edital de 2008 vem com os seguintes tópicos: "teorias da dependência: o enfoque cepalino e a análise furtadiana; Liberalismo, marxismo e neo-institucionalismo; os programas de transporte no PPA e no PAC;
Divisão internacional do trabalho" e outros tópicos pouco relevantes para pesquisa econômica aplicada.
Ao ler esse edital, o sentimento preponderante é de profunda tristeza. Como o Ipea poderá realizar pesquisa econômica se em seu concurso não é cobrado o conteúdo mínimo para um pesquisador? Como é possível que o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada tenha pré-requisitos muito aquém daqueles exigidos para se entrar nos cursos de mestrado do país? Como deixaram o senhor Marcio Pochman e seu séquito se apoderarem do instituto? Como pode o senhor Mangabeira Unger, ministro de assuntos extratégicos, ungido pelo título de professor de Harvard, ser o censor da pesquisa economica? Como pode uma instituição que resistiu às perseguições da ditadura ruir em um governo democrático?
Muitas são as dúvidas e grande é a indignação. O senhor Marcio Pochman diz que faz essas mudanças em prol da diversidade, para colorir o instituto com diferentes linhas de pesquisa. Eu tive a felicidade de ser estagiário do Ipea antes da atual presidência. Em nenhum outro lugar vi seminários de economia com discussões tão acaloradas quanto lá. O corpo técnico criado para resistir às pressões do governo militar evoliu para uma enorme diversidade de pesquisa. Antes da atual presidência, lá estavam alguns dos maiores especialistas no Brasil sobre pobreza, economia ambiental, estatística, econometria, setor público e macroeconomia.
Entretanto, a diversidade da pesquisa lá feita, talvez por ser de fronteira, era invisível ao atual presidente. Agora este, no afã de entender o que lá se fazia, está a ponto de echer o Ipea de mediocres e a mediocridade é cinza. Nas palavras de Marisa Monte, assim como haviam feito com os muros de Gentileza, pintaram o Ipea de cinza.
http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/pdf/Concurso_2008_ipea.pdf
http://www.servidor.gov.br/concursos/arquivos_down/editais_2004/edital_ipea_2004.pdf
Há 3 anos
38 comentários:
ainda espero que o conteúdo de fato abrangido pelas provas em novembro possa diminuir um pouco o impacto inicial negativo do edital, mas depois de refletir um pouco essas esperanças não são muito grandes...
realmente não sei qual é a idéia que eles querem passar sobre a atividade de um pesquisador num instituto de pesquisa destinado a produzir inputs para a produção de política econômica.
Fiquei realmente indignado com o conteúdo excessivamente heterodoxo das provas, sou a favor do pluralismo e uma prova com esse conteúdo mais o da economia ortodoxa eu ficaria satisfeito. As provas são de fato dirigidas para o pós-keynesianos, neo-schumpeterianos e por aí vai, e os marxistas? Esqueceram de incluir os volumes 1, 2 e 3 do capital! É indispensável para a formação de qualquer economista (é sério)!
Estava conferindo o conteúdo da prova para a área de “estruturas produtiva, tecnológica e regional” (p.27 do edital) e percebi a forte semelhança entre alguns dos tópicos (e a ordem de apresentação) e livro organizado por D. Kupfer e L. Hasenclever (ambos da UFRJ) intitulado “Economia Industrial: fundamentos teóricos e práticas no Brasil” de 2002. Por exemplo, o título do capítulo 15 (do livro) até aparece no edital...
E agora, José?
PS: Temos que tomar cuidado com a definição de incerteza na prova de macro...
Fala galera da Puc!
Por incrível que pareça, descobri o blog de vocês porque alguém comentou, no nosso blog da UFES, sobre esse post.
Adicionei vocês à lista de blogs da nosso site!
Abraços.
htt://ecoufes.blogspot.com
Minha opinião pessoal é que todo mundo no ipea devia ser expert em teoria ortodoxa, e, caso quisesse, poderia fazer pesquisa heterodoxa. Por mil motivos. Mas isso é uma opinião pessoal, eu não espero que todos concordem comigo.
Mas qualquer um que queira fazer pesquisa APLICADA em economia, pela definição de aplicada, tem que saber econometria séria. Se cobrassem o nível do gujarati eu acharia um absurdo. Nem me perguntem o que eu acho de uma prova que vai cobrar o equivalente ao livro do Hoffman de economia estatística.
Vale lembrar que o Sr. Pochman, na maior cara de pau, após mandar embora quatro de seus principais pesquisadores no início de seu "reinado", ainda teve coragem de dizer que os desligamentos não tinham nada de ideológico e eram simplesmente admnistrativos. Difícil de acreditar, tamanho o viés deste edital que acaba de sair....
A indignação não deve ser restrita ao "Pokemón", visto que ele está em seu papel: vindo da Unicamp, está defendendo sua ideologia, maximizando seu bem-estar ao ficar cercado apenas de pessoas que concordem com ele. Minha indignação é com o governo, que deixa a situação tomar essa forma (e gravidade).
Mas dá pra entender a situação: deve haver um lobby muito grande desses heterodoxos para o edital ser direcionado, visto que eles não conseguirão trabalho fácil em outros locais (muito menos pagando R$11 mil)...
pra mim são duas coisas.
Eles quiseram fazer uma prova pra tornar o Ipea um lugar mais multidisciplinar, com uns caras de R.I. quem sabe um sociólogo, um de eng. ambiental, etc. Até aí tudo bem, pode ser q um pouco de multidisciplinariedade sejam bom.
O outro problema são as partes do edital desenhadas pra selecionar os economistas. Estas ficaram heterodoxas demais. Mas mesmo q fosse pra serem heterodoxas não poderia deixar de ter uma seção de econometria e uma de matemática. Ridículo isso.
dêem uma olhada nesse blog... o concurso aparece listado entre outras vagas que exigem competências similares!
http://desempregozero.org/2008/09/10/oportunidades-e-ofertas-de-emprego-estagios-e-concursos-publicos-10-de-setembro/
Eh a idiotizacao e imbecilizacao do IPEA, refletindo a imbecilizacao que tem se espalhado em outros setores do Brasil oficial.
Deus, por favor derrube o preco das commodities!
se eu passar no concurso e resistir ao reinado do Pokemon, prometo redimir o IPEA, dando-lhe uma linha mais ortodoxa. Como um economista de verdade.
Guto Howe
Olá pessoal,
meu nome é Guilherme, sou estudante da graduação da UFJF e pretendo fazer ANPEC em 2009. Tenho muita vontade de estudar na PUC-Rio, porque acho que possui o melhor departamento de economia do país. Acredito que seja um ótimo trampolim para um PhD. Vocês poderiam me dar uma idéia da nota que eu preciso ter na ANPEC para garantir minha entrada? Tenho pesquisado isso mas não encontro em nenhum lugar.
Obrigado.
Zamba,
se vc tirar média 9 em micro, macro, estatística e matemática, vc passa. PUC não leva em conseideração as outras provas.
Boa sorte
na verdade, Zamba, voce tem que tirar 9,5 em matematica.
Só isso.
Concordo com a visão do colega que se declara a favor do pluralismo! Acredito que em uma instuição de pesquisa como o Ipea deve contar profissionais de diversos matizes ideológicos e especialidades. Dessa maneira, é com profunda tristeza que vejo, não o que consta não no novo edital do concurso para o Ipea - pois não o li ainda -, mas, sim, a afirmação por um economista que se encontra, atualmente, cursando o Mestrado de uma respeitada instituição de ensino nacional (a PUC), de que temas como "teorias da dependência e seus diveros enfoques" entre outros estejam no lugar de temas realmente "relevantes para a economia". Como ouvi Wilson Cano dizer certa vez (não para mim, ainda bem!) : "é preciso voltar lá trás em 'rapaz'... fazer uma revisão...". Celso Furtado seria um bom começo, ou (re)começo! É óbvio que análises matemáticas, econométricas e estatísticas são importantíssimas e devem ser cobradas, porém a interpretação de tais dados depende, e muito, do pensamento crítico (que não é o mesmo que ser heterodoxo, do modo como se costuma conceber o termo), para o qual um profundo conhecimento naqueles temas menos "relevantes para economia" são de fundamental importância, e devem, sim, ser cobrados!
Anônimo não! O comentário acima foi postado por Bruno Marchetto, graduando em Relações Internacionais pelas Faculdades de Campinas (FACAMP).
Caro Bruno,
você está correto, Economia é muito mais do que Econometria.
Mas pesquisa aplicada em Economia não se faz sem as ferramentas mínimas para lidar com a complexidade da realidade (modelos, que podem variar em grau de formalismo) e dos dados (técnicas de análise econométrica). A crítica é bem menos sobre os conteúdos que foram adicionados do que sobre aqueles que foram removidos... resumidamente, todo pré-requisito para análise empírica estruturada, e que pudesse permitir alguma previsão quantitativa dos efeitos de políticas públicas, algo que, imagino, faz parte da natureza do trabalho do Instituto.
Prezado Bruno,
acredito que, provavelmente por você ser de relações internacionais, você não conheça a pesquisa em economia. O principal ponto do post é: não existe pesquisa em economia aplicada sem econometria.
Como fiz questão de comentar no post, é usando de forma injusta o nome da pluralidade a direção do Ipea direciona o concurso. Já existia uma enorme diversidade no ipea e com uma alto nível, quem tem uma formação fraca, não conseguia enxergar.
Celso Furtado teve sua importância para a economia, tem sua importância para ciências sociais, mas atualmente sua relavância para a pesquisa em economia é quase nula. Não sei de nenhum artigo que seja publicado em revistas de fronteira, citando ele. Especialmente porque a maioria de suas análises não tem comprovação empírica.
Geralmente, pensamento crítico é um nome que professores dão para lavagem cerebral. Não se aprende na escola ou na faculdade. Cada um de nós já é dotado da capacidade de criticar. Sempre desconfie de quem se propõe a ensiná-lo.
Caros Amigos:
De nada adianta fazer críticas, se estas são transmitidas com uma linguagem que mistura português de baixa qualidade e internetês.
Para tanto, é necessário primeiro melhorar o português de vocês senão a banca de apresentação de seus trabalhos de conclusão de curso terá muito trabalho para corrigir a péssima comunicação de seus resultados.
Anônimo,
ficaria mais feliz se você tivesse algo a acrescentar sobre economia, mas de qualquer forma obrigado pela preocupação com meu mestrado.
O seu problema meu caro, é que você tem medo da concorrência.
Ora bolas, não é o modelo analítico em que você estuda que parte justamente do mercado, da análise da concorrência?
Então porque tem tanto medo de concurso como o do IPEA.
Simples meu caro, mostre que você é bom mesmo com temas que para você foge do pequeno escopo do mainstream.
Estude e passe!
Antigamente o concurso consistia do "pequeno escopo" da ortodoxia. Um heterodoxo não poderia estudar e passar? Agora é que complicou, o "escopo" ficou maior...
Ps.: no trecho "com temas que para você foge", o verbo fugir deveria concordar com o sujeito temas, ou seja, "com temas que para você fogem". Boa sorte no seu trabalho de conclusão de curso.
Esse anônimo confunde ampliação de escopo com fuga da realidade...
Na verdade, muitos ortodoxos vão passar nessa prova... pois boa parte dos pterodoxos vão rodar na prova de "Raciocínio Lógico". E nem precisei fazer modelinho para prever isso... hehehehehehe!!!
Ui, argumentum ad hominem. Que medo.
Caro Caruso,
Primeiro ponto: vamos focar nossa discussão em uma argumentação verdadeira, ou seja, evite usar de falácias barátas do tipo "provavelmente por ser de relações internacionais" para deduzir alguma ignorância de minha parte sobre um assunto qualquer; isso é completamente ilógico, como alguém que preza o lado "supostamente" exato das Ciências Econômicas deveria saber.
Segundo ponto: fico feliz em ver que você tenha realmente tentado fugir dos argumentos falaciosos; porém sem sucesso. Alegar ignorância sobre alguma coisa não valida ou invalida qualquer que seja a proposição; no caso foi "Não sei de nenhum artigo que seja publicado em revistas de fronteira, citando ele [Furtado]"; correto Caruso, acredito que você não conheça; mas dai a declarar Celso Furtado como tendo importância "quase nula" atualmente!!! Acredito que você tenha exagerado um pouco, não acha? Pense bem, com calma, colocando Friedrich Von Hayek, Minton Friedmam (grandes, daga-se) e o emocional de lado...
terceiro ponto: pensamento crítico se ensina? onde você leu isso? Nas tais revistas "de fronteira"? Não se pode depreender isso de nenhuma parte do que eu escrevi em meu último comentário; dê uma olhada novamente. Pensamento crítico, realmente, não se ensina, se estimula, através do contato com diversas fontes de opinião, fontes clássicas ou não, atuais ou não, presentes nas revistas "de fronteira" ou não.
Quarto e último ponto: já havia entendido qual era o ponto principal de sua crítica. E concordo com você, acredite. Realmente, a pesquisa econômica necessita de certos instrumentos como o que você apontou (econometria); e já havia dito isso no meu comentário anterior. O grande problema foi que, não sei por que ínvios caminhos mentais, em seu post colocou os outros enfoques ou áreas do pensamento econômico em segundo plano; porque é isso que se entende de uma frase como essa "No lugar desses assuntos relevantes para economia o edital de 2008 vem com os seguintes tópicos: "teorias da dependência: o enfoque cepalino e a análise furtadiana; Liberalismo, marxismo e neo-institucionalismo...", ou não? ou, talvez, "por ser de relações internacionais", não tenha entendido?
Abraço a todos. Realmente gostei de ver o debate estimulado nesse blog. Isso é excelente por si só, independentemente dos pontos de vistas demonstrados.
e mais uma coisa Caruso, não seja tão pretencioso ao ponto de acreditar que pesquisa em economia se resuma ao que você faz.
vou ter que contribuir com o outro lado do espectro nessa pequena querela: também não concordo com o que você disse sobre Celso Furtado e a produção da CEPAL. Celso Furtado foi quem mais um dos que mais pensou políticas públicas no Brasil, esteve a frente da SUDENE, escreveu ativamente sobre o subdesenvolvimento do Nordeste e tem uma produção vasta focalizando as estruturas institucionais brasileiras (e da América Latina). É evidente que você não vai encontrar artigos acadêmicos de fronteira citando Celso Furtado (principalmente nos journals de seu interesse, mas dê uma olhada na Revista de la CEPAL) porque as atividades de pesquisa e policy making sempre foram muito diferentes, e hoje o são cada vez mais.
Mas para pensar o Brasil, e pensar políticas públicas para o Brasil, é indispensável conhecer História, conhecer as contribuições dos que já pensaram o desenvolvimento do país, entender a nossa estrutura institucional, e o grande desafio que representa o Nordeste.
Cara Marchetto,
entendi que o seu ponto é em relação a considerar pertinente "teorias da dependência: o enfoque cepalino e a análise furtadiana; Liberalismo, marxismo e neo-institucionalismo...". Eu realmente acho isso interessante. Agora, o ponto é que você não encontra um artigo em revista importante de economia citando Celso Furtado. Ele é irrelevante para pesquisa de economia hoje
Lichand por favor, me poupe: "Revista de la CEPAL".
"pesquisa de economia hoje" = pesquisa-acadêmica-mainstream
Não vou entrar nessa discussão de novo.
Vide o tópico Bresser e o ovo do Dragão.
http://espectroeconomico.blogspot.com/2008/08/bresser-e-o-ovo-do-drago.html
"Pensar o Brasil" me lembra ditadura.
leia o artigo, quem sabe vai acrescentar um pouco à sua visão sobre modelos, estimação, verdade e progresso
O encontro da ANPEC tem mesas para abarcar artigos desde Metodologia, História Econômica e HPE, de um lado, até Micro aplicada e Finanças, de outro, na busca de reproduzir um ambiente plural de debate acadêmico.
Não sei o que isso tem a ver com o concurso para um instituto de pesquisa que dá suporte à formulação de políticas públicas.
Talvez alguém se incomode que (pelo menos alguns) estudantes da PUC-RJ dialoguem com campos do conhecimento que não fazem parte do mainstream. Eu acharia excelente se (alguns) estudantes de faculdade heterodoxas fizessem suas incursões no campo dos modelos matemáticos e estimações econométricas. Já citei aqui o caso do Lance Taylor, na NSSR. No Brasil temos alguns corajosos, eu citaria o Paulo Gala, da FGV-SP, como um bom exemplo de alguém inteligente que tenta fazer essa ponte.
Infelizmente, no entanto, são poucos os que sabem valorizar a própria inteligência e tentam dialogar ao invés de se trancar no seu quintal, tentando argumentar que o seu jardim é mais bonito que o do vizinho.
Discussão nada pertinente ao tema. Argumentum ad hominem puro.
Realmente, o Guilherme e o Bernard deveriam estar envergonhados de terem conseguido publicar trabalhos feitos enquanto estavam na graduação.
Anônimo cagão, já que acha divertido ficar atacando os outros primeiro lugar porque nao revelas teu nome, tuas publicações para que possamos rir?
Segundo lugar, independente da qualidade dos trabalhos que vc citou (que eu não lí, pois diferente de voce tenho que estudar)são trabalhos feitos durante a graduação. Então é normal que tenham um nível de maturidade/sofisticação/qualidade menor (repito nem olhei pra eles). E também é normal que nao sejam publicados. Aliás duvido que voce me cite 10 alunos de graduação que publicaram em revista A nacional nos últimos 5 anos. Então se é pra fazer alguma coisa é pra tirar o chapéu pro Guilherme por te-lo feito.
Todo e qualquer comentário fora do tópico será excluído. Nada de ataques pessoais. O assunto do post é a prova do Ipea...
Descobri hoje esse blog e achei bem interessante o debate. Sou mestranda em Economia na UCAM, mas minha formação é de Engenharia. Ou seja, esse é um mundo novo pra mim e estou me aventurando nessa prova do IPEA. Tenho que concordar com a maioria de vcs com a tendência hetedoroxa , pq não dizer, viés totalmente heterodoxo do conteúdo exigido. Pior ainda foi ter me dado conta de que o IPEA está sob a batuta do Mangabeira Unger. What a shame!!!! Mas vamos em frente. À propósito, como vcs estão se preparando?
Prezados,
Entendo a indignação de alguns, especialmente devido à dificuldade de muitos hoje em acompanhar as mudanças do mundo. Serei muito sintético: o Ipea já tem um excelente quadro voltado para a pesquisa aplicada. O objetivo desse concurso não é esse (para isso outros concursos virão). O objetivo é abrir espaço para que as pesquisas do instituto recebam contribuições importantíssimas de outras áreas. Não dá mais para pensar o mundo, e as pesquisas sobre ele, somente a partir do ângulo obtuso de quem acha que um compartimento disciplinar é o suficiente. Está na hora de ver que economia internacional, por exemplo, tem muito mais implicações que a vã filosofia econométrica explica. Acordem, por favor. O mundo lá fora não perdoará atrasos dessa ordem.
Filosofia econométrica? Você realmente acredita que econometria é filosofia ou foi só para forçar a citação do Shakespeare?
Postar um comentário